Campus mantém cuidados com animais da Fazenda-Escola
Desde o dia 20 de março, os campi e a Reitoria do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) adotaram prioritariamente o desenvolvimento das atividades por meio remoto. Entretanto, o Comitê Central de Enfrentamento ao Coronavírus recomendou a observância ao princípio da continuidade do serviço público e a necessidade de assegurar a preservação e funcionamento das atividades administrativas e serviços essenciais. No Campus Caxias, dadas as peculiaridades, a Fazenda-Escola manteve as atividades de cuidados aos animais alojados na unidade e o manejo de cultivos vegetais.
Conforme explica o diretor-geral do campus, professor João da Paixão, os servidores e prestadores de serviços da Fazenda-Escola estão atuando em regime de revezamento presencial. “Seguindo as diretrizes e as recomendações dos órgãos do governo e do IFMA, nós adotamos as medidas para diminuir o fluxo e a exposição dos trabalhadores, afastamos os que estão em grupo de risco e estamos acompanhando as atividades”, afirmou. Na manhã da última segunda-feira (13), o gestor acompanhou as atividades de manutenção do trato e da saúde dos animais. “Após a suspensão de aulas presenciais e adoção, prioritariamente, do home office, nós tomamos medidas para manter o cuidado com os animais, assim como o manejo de cultivos vegetais, de acordo com o estado de desenvolvimento e tratos culturais tecnicamente recomendados”, ponderou João da Paixão.
Segundo o coordenador da Fazenda-Escola, José Flávio Ferreira de Sousa, os animais recebem, diariamente e sob acompanhamento técnico, alimentação adequada. “Além disso, eles são colocados para pastejar normalmente”, acrescentou. José Flávio é um dos técnicos em Agropecuária que compõem o setor. Além dele, a unidade dispõe de mais três técnicos em Agropecuária, seis auxiliares agropecuários, zootecnista, médico veterinário, agrônomo, operador de máquinas e jardineiro. “Para melhor execução das atividades, essa equipe realiza avaliações diárias nos setores de pastagens, forragens, culturas anuais, fruticultura e quintal agroecológico. Outra atividade importante desenvolvida é a avaliação clínica para verificar as condições de saúde dos animais”, concluiu.
Como cuidar dos animais em tempos de pandemia
Neste período de isolamento social, em que o Brasil e o mundo se esforçam para conter o avanço da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, devemos nos lembrar da importância dos cuidados com a alimentação e biossegurança dos animais domésticos.
Conforme explica Gabriela Nunes de Azevedo, zootecnista do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) do campus, com mais tempo em casa, as pessoas têm questionado sobre quais medidas tomar em relação aos animais. “Neste período de isolamento, deve-se observar o comportamento dos bichinhos de estimação, uma vez que ocorre redução no número de passeios ao qual estão habituados”, disse. “É importante evitar saídas com os animais, mas pessoas saudáveis podem realizar passeios com os animais em um curto período de tempo e pequenas distâncias”, frisou a zootecnista.
Gabriela Nunes lembra que os animais precisam gastar energia. “Para quem não pode sair de casa, recomendo realizar atividades com brinquedos alternativos, como pneu mordedor, corda trançada e castelo de papelão. Também pode aproveitar este tempo para realizar adestramento”, acrescentou.
Em relação à alimentação, a zootecnista alerta que os animais devem ter alimentos específicos. “A digestão de cães e gatos é diferente da nossa. Alguns alimentos consumidos por nós, seres humanos, devem ser evitados aos animais, uma vez que podem provocar indigestão, intoxicação e, até mesmo, problemas de saúde”, afirmou.
A auxiliar de biblioteca do campus, Vanessa Bastos, tem um gato como animal de estimação. Segundo ela, o novo coronavírus despertou muitas dúvidas e preocupações, inclusive sobre a possibilidade de os animais de estimação pegarem o agente infeccioso causador. “Eu fiquei preocupada, mas logo pesquisei e vi que não há evidências que os animais transmitem a Covid-19. Embora tenha ficado mais tranquila em relação a isso, por se tratar de uma nova doença, eu acompanho o que as pesquisas sérias estão desvendando. Também sigo as medidas de higienização”, afirmou.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já apontou que não há evidências de que um cão, gato ou qualquer animal doméstico possa transmitir a Covid-19.
Gabriela Nunes concluiu lembrando que as clínicas e os petshops estão na lista de serviços essenciais que devem realizar atendimentos durante o isolamento social. “No entanto, realize deslocamentos até estes estabelecimentos apenas em casos de urgência e emergência. Importante realizar agendamentos e, se possível, o animal deverá ser conduzido com a presença de apenas uma pessoa”, recomendou a zootecnista.
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